O presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Leonardo Prudente (DEM), falou nesta segunda (30) sobre as denúncias de suposto esquema de propinas no governo Arruda (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), disse nesta segunda-feira (30) que usou o dinheiro que recebeu do secretário exonerado do Distrito Federal Durval Barbosa –e colocou nas meias- como “ajuda financeira não contabilizada” para a campanha de 2006. Segundo Prudente, ele colocou o dinheiro nas meias e no terno por “uma questão de segurança”.
“Foi-me oferecida ajuda financeira em dinheiro para a campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei o mesmo nas minhas vestimentas em função da minha segurança. Eu não uso pasta”, disse. Segundo Prudente, a “Justiça vai dizer se é crime eleitoral” o fato de ter recebido dinheiro de caixa 2 na campanha. “Estou admitindo que recebi o dinheiro”, afirmou.
Na sexta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou a operação "Caixa de Pandora" e fez buscas e apreensões nos gabinetes de deputados distritais, secretários de governo e na residência oficial do governador, José Roberto Arruda (DEM).
De acordo com o inquérito, o suposto repasse de dinheiro a aliados de Arruda era feito por meio de pelo menos quatro empresas que prestam serviço ao governo do DF.
Arruda e o vice-governador, Paulo Octávio, emitiram nota neste domingo (29) em que se dizem “perplexos” com as denúncias contra o governo, que classificam como um “ato de torpe vilania”.
“Ainda perplexos pelo ato de torpe vilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas”, diz a nota.
A nota se refere ao ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que fez as denúncias em troca dos benefícios da delação premiada.
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