segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cerval deixa energia e foca outras ações

Depois de mais de 40 anos atuando no fornecimento de energia elétrica, a Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Vale do Açu (CERVAL) vai mudar seu foco de atuação.No sábado, 22, em assembleia geral extraordinária realizada na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Assú, foi aprovada pelos associados a transferência do acervo de energia da Cerval para a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN).

Depois de concluída a negociação com a Cosern, a Cerval vai voltar-se, inicialmente, para uma fábrica de laticínios.O gerente da Cerval, Andriélio Leandro de Lima, informou que a cessão da energia para a Cosern é uma determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). "Passamos mais de dez anos tentando a regularização junto à Aneel, mas não conseguimos. Agora a agência decidiu que todas as cooperativas repassem seus acervos de energia à Cosern", explicou.

Além da determinação da Aneel, outro fator pesou para a mudança de foco da Cerval: as tarifas impostas pela Cosern, que tornaram a atuação da cooperativa inviável. "Não tínhamos como oferecer um serviço a preço justo para os nossos associados", destacou Andriélio.

Além do setor de laticínios, a Cerval também deve passar a atuar na fabricação de polpa de frutas. Porém, o futuro da cooperativa só será definido após o fim da negociação com a Cosern.

De acordo com Andriélio, ainda não se sabe quanto a Cerval terá para receber da Cosern. Ele informou que está sendo feito um levantamento para saber quanto vale o patrimônio da cooperativa.

O certo é que boa parte desse patrimônio servirá para abater dívidas da Cerval com a Cosern. Uma auditoria está sendo feita para levantar o tamanho dessa dívida.

Segundo Andriélio Lima, após definida a negociação com a Cosern, os cerca de 10 mil associados da Cerval serão convocados para decidir como será o futuro da cooperativa. "Vamos definir as atividades em assembleia. O que os associados devem saber é que a cooperativa não vai deixar de existir. Vai apenas mudar para atividades que sejam viáveis", ressaltou o gerente.

Fonte: Jornal de Fato

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