A decisão foi endossada por duas instâncias partidárias: o diretório Estadual e o da capital, Rio Branco.
Foi referendada também pelo principal beneficiário da eventual recuperação do mandato: o suplente Sibá Machado.
Sibá ocupara a cadeira de Marina no Senado no período em que a titular exercera o cargo de ministra do Meio Ambiente de Lula.
O petismo acreano levou à rede, nesta quinta (20), uma nota sobre a saída de Marina, formalizada na véspera.
O texto foi vazado em timbre respeitoso. Bem diferente do que fora divulgado pelo deputado cassado e ex-ministro José Dirceu (PT-SP).
Dirceu defendera a tese de que o PT nacional deveria reivindicar a devolução do mandato de Marina.
A beligerância de Dirceu não foi endossada pelo presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP), que rebarbou a sugestão.
Sabe-se agora que nem mesmo o suplente de Marina, maior interessado, dá ouvidos ao “mata e esfola” professado por Dirceu.
Coisa diversa pode ocorrer com Flávio Arns (PR). Diferentemente de Marina, Arns deixa o PT chutando a porta.
Disse que, ao retirar José Sarney da grelha do Conselho de (a)Ética do Senado, o PT “jogou a ética no lixo”.
Evocando as origens de Arns, Berzoini diz que o senador é um ex-tucano que jamais se ajustou completamente ao PT. Não exclui a hipótese de brigar pelo mandato dele.
Com maior tenacidade do que fizera com Marina, Dirceu foi à jugular Arns. Tachou de “patético” o comportamento do senador.
Acusou-o de exibir indignação seletiva: Envergonha-se da absolvição de Sarney, “mas não se envergonha do arquivamento das denúncias contra Artur Virgilio”.
Arns reagiu. Disse que faltam a Dirceu "critério ético e transparência" para condená-lo. "O ex-ministro está em descompasso com o que pensa a sociedade”.
Atuando como coadjuvante de Lula, Dirceu atuou ativamente nos subterrâneos pelo arquivamento das ações contra Sarney.
Escrito por Josias de Souza
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