Provérbios da Virada Elétrica
Nem todas as gírias utilizadas na micareta são exclusivas do evento. Alguns provérbios são semelhantes às usadas em baladas normais. Confira alguns termos que aparecem no Virada Elétrica.
Abadá - Vestuário obrigatório na Micareta. Normalmente em forma de regata, muitas produtoras impedem a entrada de uma pessoa se ela não estiver usando Abadá.
Ir Patrão - Ir à micareta com entrada VIP, com open bar gratuito.
Barangar - Beijar uma pessoa que não é considerada "bonita".
Beijar a Roda - Beijar pessoas de um mesmo grupo de amigos ou amigas.
Colar/Chegar - Se aproximar de alguém, para tentar ganhar um beijo.
Chegar beijando - O nome já diz tudo, se aproximar de alguém e já beijar de cara, sem conversa alguma.
Pegar - Beijar.
Grafitheiro - Micareteiros viciados na Banda Grafith.
Levar bolo para a festa - Ir com o namorado ou com a namorada.
Tomar Bota - Se aproximar da pessoa e não conseguir ganhar um beijo.
2 dígitos - Beijar mais de 9 pessoas e menos de 100.
3 dígitos - Beijar mais de 100 pessoas.
Zerar - Não beijar ninguém na balada.
Casar - Beijar uma única pessoa por muito tempo na micareta.
Passar o Rodo - Beijar vária(o)s menina(o)s durante o evento, com o objetivo de chegar aos "2 dígitos".
Esquenta - Beber antes de entrar na micareta.
Panguar - Deixar uma oportunidade boa passar, como por exemplo, uma menina bonita chama para uma conversa e o homem não vai.
Bodiar - Por diferentes motivos, como passar mal ou estar cansado, a pessoa desiste de curtir a micareta.
Dicas de o que vestir na Virada Elétrica
Seja no calor ou no frio, algo que não pode ser deixado de lado são as vestimentas nas festas baianas.
Seja no calor ou no frio, os micareteiros devem prestar atenção em alguns detalhes quando pisam nas festas. Roupas confortáveis, tênis (com meias) e prendedor de cabelos, devem fazer parte das vestimentas dos micareteiros de plantão. Nada de salto alto, chinelos ou roupas apertadas, até porque o ritmo carnavalesco pede muita energia e disposição para brincar atrás dos trios elétricos que animam as festas. “Ir muito arrumado já não combina com micareta. Todo mundo sua muito, dança, e numa micareta tem que ir à vontade! Saia eu não acho muito legal, porque tem sempre os engraçadinhos (...) E qualquer tipo de calçado que deixe o pé pra fora é ruim, pois o chão é muito sujo. Isso sem contar os pisões”.
Apesar de as meninas quase morrerem de vontade de se emperiquitar todas, passar muita maquiagem e usar aquele sapato bonito (e apertado), elas vão ter que resistir à tentação. Claro que ninguém quer ficar feio para curtir a festa, mas o ideal é se vestir de maneira confortável, utilizando a funcionalidade da roupa aliada à beleza.
Divirta-se com os acessórios, mas não use nada que faça você se irritar no meio da festa, como dá a dica Camila, de 20 anos “O básico: abadá, calça, tênis! Uns acessórios do tipo, colar de bolinhas, um brinco, pulseira, são muito bem-vindos!”.
Além da atenção especial com os acessórios e apetrechos, o que torna a balada uma diversão à parte é o famoso abadá. Considerado por muitos apenas o ingresso para permitir a entrada nas festas, o abadá pode ser um acessório em potencial para quem curte diferenciar-se nas festas.
Pensando justamente nos altos níveis de suor dos micareteiros, as fibras sintéticas foram escolhidas para confeccioná-los. Como eles vêm padronizados e grandes, para agradar a todos os gostos e tamanhos, o que virou uma verdadeira mania nas festas é a customização. Portanto, é hora de colocar em voga o seu estilo, e personalizar a sua roupa. Há vários ateliês e sites que fazem o serviço, porém você pode arriscar e fazer isso em casa, garantindo ainda mais originalidade.
Um bom exemplo de quem faz a produção dos abadás em casa é a estudante Camila. Freqüentadora assídua das festas, ela prefere dar um caráter pessoal à roupa a levar numa costureira. Segundo ela, “essa é a parte mais legal, customizar o abadá. Criar, inventar, costurar! Levar na costureira não tem graça, perde a originalidade, o legal é cada um fazer o seu!”.
O primeiro passo é vesti-lo para que você possa cortar nos locais certos, fazendo com que assim as medidas caiam corretamente no seu corpo, como ensina Camila. “Eles sempre vêm enormes, e nós mulheres sempre queremos algo bonito, diferente, do tamanho do nosso corpo. Portanto, o legal é fazer marcações (com caneta mesmo) onde você quer que fique mais apertado ou mais largo, maior ou menor”.
Já com as marcações feitas, uma dica legal é deixar as mangas mais cavadas, para que você não passe calor, e então cortá-las utilizar as tiras que sobraram para amarrá-las acima dos ombros. Isto deixa um estilo despojado e ao mesmo tempo básico para o abadá. Corte também a barra e um pouco do lado (na costura) e faça um nozinho, para quem está com pressa é uma dica rápida e fácil.
Para as garotas que curtem um look mais ousado, a dica é usar e abusar do brilho e dos decotes. Após fazer as marcações de acordo com o tamanho do seu corpo, corte as mangas, deixando cerca de quatro centímetros em cada lado. Depois, faça um decote de leve na frente (somente no colo), fazendo um V. Nas costas corte em formato de V mantendo a abertura até o cox, pois você vai usar o final dos dois lados para amarrar as pontas nas costas, deixando assim um decote sensual e diferente (estilo frente-única). Neste caso as lantejoulas podem ser costuradas onde você cortou, dando um toque especial para a sua roupa.
Outras alternativas de abadás diferentes é fazer de uma manga só, top e tomara-que-caia. Mas como a intenção é personalizar o abadá, o legal é soltar a imaginação e inventar um estilo próprio para o seu. Nós damos as dicas e a partir delas você pode criar de acordo com o que mais combina com a sua maneira de ser! Sempre se lembrando de que para alguns modelos é legal estar de bem com o corpo e sentir-se confortável para usar, senão perde a graça.
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